terça-feira, 15 de maio de 2012

Espaço Formação: A Sabedoria escondida em todas as coisas



Um dos males muito profundos do nosso tempo é a incapacidade de contemplar, de parar gratuitamente diante da vida, da criação, dos acontecimentos, só para dar uma espiadinha despretensiosa e procurar saborear um pouco o sentido da existência.
Nosso mundo tudo quanto toca deseja manipular, usar em favor do tempo, do lucro, da vantagem... Mas, assim, não se vê o essencial, perde-se o mais importante, torna-se míope para o fundamental.

Na sua simplicidade, o Autor sagrado olha a criação; olha-a contemplando-a, como uma criança deslumbrada, deixando-se envolver e maravilhar pelo que contempla. Assim, em tudo reconhece a presença sábia, providente e amorosa do Senhor. 
Percebe que a realidade lhe escapa – e ainda hoje é assim: Tu, ó homem, não podes compreender de modo exaustivo o mistério da realidade, da vida, dos porquês da natureza, nem mesmo do teu coração...

E quando nos colocamos, de modo soberbo e pretensioso, diante desses mistérios, eles se tornam opacos, nada nos revelam e provocam uma angústia sem fim, a qual nos faz nos sentir pequenos, vazios, jogados à toa, num mundo sem sentido. Por outro lado, quando tomamos consciência de que, no princípio de tudo e por trás de tudo, há um Amor infinito, uma Sabedoria providente e amorosa, então tudo ganha novo sentido.

Ainda que não compreendamos tantas coisas e não tenhamos a resposta exata para tantas perguntas, podemos, feito crianças, olhar para o Alto, para Aquele que habita nos céus, e exclamar com sabedoria de menino:

“Eu não sei; mas, Tu sabes! Eu não compreendo; mas, Tu compreendes! Estou em tuas mãos benditas; tudo está em tuas santas e providentes mãos! Tu me amas; eu te amo! O teu Nome é Eternidade; o teu Nome é Amor!”

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