BOGOTÁ, 28 Nov. 12 / 02:22 pm (ACI).-
Um artigo publicado pela jornalista Carmen Villa Betancourt no jornal El Colombiano esclareceu que o Papa Bento XVI
no seu livro "A Infância de Jesus" não eliminou a presença do burro e
do boi dos presépios, como foi divulgado recentemente por diversos meios
de comunicação.
"‘O Papa afirma que não havia burro nem boi no portal de Belém’, diz o
jornal El Pais de Madri. ‘Também disse que o burro e o boi não vão ao
presépio’, é o subtítulo do jornal El Espectador. ‘Um presépio sem burro
nem boi, assegurou o Papa’, titulou este jornal na sua edição digital",
recordou a jornalista.
Villa Betancourt recordou que o objetivo de um titular é "atrair o
leitor e sintetizar a informação". Entretanto, embora os titulares
usados por estes meios "cumpram com o objetivo de captar o leitor,
distorcem maliciosamente a mensagem e não cumprem com o papel de
sintetizá-la".
"Ao ler os artigos vi que estes não diziam que o Papa tirou estes
animais do presépio. Por quê? Simplesmente porque isto é falso",
expressou.
A jornalista indicou que sobre este tema, o que diz o livro do Papa
em sua página 76 é: "O presépio nos leva a pensar nos animais, pois é
ali onde eles comem. No Evangelho não se fala neste caso de animais. Mas
a meditação guiada pela fé, lendo o Antigo e o Novo Testamento
relacionados entre si, preencheu logo esta lacuna, remetendo-se a Isaías
1,3: ‘o boi conhece seu amo, e o asno o presépio do seu dono; Israel
não me conhece, meu povo não compreende’".
"Qualquer fiel –indicou Villa Betancourt-, sabe que, assim como o
burro e o boi, há outros elementos como a data de nascimento de Jesus, o
nome dos reis magos ou tantos outros aspectos que são bonitos mas não
essenciais para a fé e talvez por isso não sejam relatados pelos
evangelistas. A mula e o boi fazem parte da tradição cristã. Tanto, que
estão presentes todos os anos no presépio da praça de São Pedro no
Vaticano".
Entretanto, "o incrível é que muitos colunistas e blogueiros tenham
feito duras e ignorantes críticas contra o Papa pela suposta supressão
dos animais em Belém, como se isso fosse a proclamação de um novo dogma
de fé. Pergunto-me se já leram o livro, ou ao menos os extratos do mesmo
que saíram nestes dias em tantas páginas Web".
"Acho que muitos ficaram nos titulares deficientes dos periódicos. É
lamentável que estes comentários distorçam a notícia da publicação de um
novo livro que completa uma magnífica trilogia e que pode preparar-nos
espiritual e intelectualmente, para viver o mistério do Natal", finalizou a jornalista colombiana.
Fonte: http://www.acidigital.com
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