quinta-feira, 5 de junho de 2014

Formação: Oração das mães pelos filhos

Deus estabeleceu uma lei: precisamos pedir a Ele as graças necessárias em nossa vida para sermos atendidos. Jesus foi enfático: “E eu vos digo: pedi e dar-se-vos-á; buscai e achareis; batei e abrir-se-vos-á. Pois todo aquele que pede, recebe; aquele que procura, acha; e ao que bater, se lhe abrirá” (Lc 11,8-10).
Jesus disse isso depois de contar aquele caso do vizinho que bateu à porta da casa do outro para pedir um pouco de pão à meia-noite, porque tinha recebido uma visita e estava sem pão. Como o outro não o quis atender, Jesus disse: “Eu vos digo: no caso de não se levantar para lhe dar os pães por ser seu amigo, certamente por causa da sua importunação, se levantará e lhe dará quantos pães necessitar”.
Ora, o que Jesus está querendo nos ensinar com isso? Que devemos fazer o mesmo com Deus. Importuná-lo! Mas por que Deus faz assim? É para saber se, de fato, confiamos n’Ele, se temos fé de verdade, como aquela mulher cananeia, que não era judia, mas pediu, com insistência, que Ele curasse a filha endemoniada dela.
“E eis que uma cananeia, originária daquela terra, gritava: ‘Senhor, filho de Davi, tem piedade de mim! Minha filha está cruelmente atormentada por um demônio’” (Mt 15, 22). Quando Jesus lhe disse que não podia tirar os pães dos filhos (judeus) para dar aos cachorrinhos (pagãos), ela não desistiu, e pediu para receber, ao menos, as migalhas que caíam da mesa. Jesus ficou tocado e curou a filha dela. “Ó mulher, grande é a tua fé! Seja-te feito como desejas”. E na mesma hora sua filha ficou curada.
Se pedimos uma vez ou duas, mas não recebemos a graça, e não pedimos mais, é porque não confiamos no Senhor. Santo Agostinho ensinou o seguinte:
“Deus não nos mandaria pedir se não nos quisesse ouvir. A oração é uma chave que nos abre as portas do céu. Quando vires que tua oração não se apartou de ti, podes estar certo de que a misericórdia tão pouco se afastou de ti. Os grandes dons exigem um grande desejo, porquanto tudo o que se alcança com facilidade não se estima tanto como o que se desejou por muito tempo. Deus não quer te dar logo o que pedes, para aprenderes a desejar com grande desejo”.
Ninguém como ele entendeu a força da oração de uma mãe por seu filho; pois, durante vinte anos, sua mãe Santa Mônica rezou pela conversão dele e conseguiu. Ele mesmo conta isso no seu livro “Confissões”.
O santo disse que ela ia, três vezes por dia, diante do sacrário em Hipona, e pedia a Jesus que seu Agostinho se tornasse “um bom cristão”. Era tudo o que ela queria, não pedia que ele fosse, um dia, padre, bispo, santo, doutor da Igreja ou um dos maiores teólogos e filósofos de todos os tempos. Mas Deus queria lhe dar mais. Queria que Agostinho fosse esse ‘gigante’ da Igreja, por isso ela precisou rezar mais tempo e sem desanimar. Santa Mônica não desanimou! Por isso temos, hoje, esse gigante da fé. Fico pensando se ela parasse de rezar depois de pedir durante 19 anos. Não teria o seu filho convertido e nós não teríamos o Doutor da Graça.

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