O Papa Bento XVI participou na manhã deste sábado, 3, da última
meditação dos exercícios espirituais da Quaresma, que se realizaram ao longo de
toda a semana. Ao final deste retiro quaresmal, o Papa dirigiu algumas palavras
de agradecimento ao Cardeal congolês Laurent Monsengwo Pasinya, que este ano
foi o autor das meditações, que tiveram como tema a comunhão com Deus.
Confira em breve a
íntegra da mensagem do Papa ao Cardeal Laurent Monsengwo Pasinya
"Obrigado, Eminência, em nome de todos, pela guia que nos doou nesses
Exercícios Espirituais. O senhor nos guiou, como dizer, no grande jardim da
Primeira Carta de S. João e assim em toda a Escritura, com grande competência
exegética e com experiência espiritual e pastoral. Guiou sempre com o olhar
dirigido a Deus, e justamente com este olhar a Deus, aprendemos o amor, a fé
que cria comunhão. E o senhor temperou essas suas meditações com belas
histórias, principalmente de sua querida terra africana, que nos deram alegria
e nos ajudaram".
Bento XVI disse que ficou particularmente impressionado com a história que o
Cardeal contou de um amigo seu, que, em coma, tinha a impressão de estar num
túnel escuro, mas no final via um pouco de luz e, sobretudo, ouvia uma bela
música.
"Parece-me que esta possa ser uma parábola da nossa vida: muitas vezes nos
encontramos num túnel escuro em plena noite, mas pela fé, no final, vemos luz e
ouvimos um bela música, percebemos a beleza de Deus, do céu e da terra, de Deus
criador e da criatura, e assim nossa salvação é objeto de esperança (cfr Rm
8,24)”.
Além das palavras pronunciadas de maneira improvisada, Bento XVI entregou uma
carta de agradecimento ao Arcebispo de Kinshasa. Em um dos trechos da mensagem,
o Papa destacou que as reflexões permitiram um profundo reconhecimento por
Deus.
"Comentando alguns trechos da Primeira Carta de S. João, o senhor nos
guiou num itinerário de redescobrimento do mistério de comunhão em que fomos
inseridos a partir do nosso Batismo. Graças a este percurso, o silêncio e a
oração desses dias, de modo especial a adoração eucarística, foram repletos de
profundo reconhecimento por Deus, pelo “grande amor” (1 Jo 3,1) que nos deu e
com o qual nos uniu a Si numa relação filial, que constitui a nossa mais
profunda realidade".
A partir deste domingo, 4, com o a oração mariana do Angelus, o
Papa retoma sua habitual agenda de encontros e audiências. (BF)
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