quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

Religiosa propõe caminhos para uma cultura de paz

“Há a necessidade de propor e promover uma pedagogia de paz”, afirmou o Papa Bento XVI, na conclusão de sua Mensagem para o Dia Mundial da Paz 2013. Dentro dessa pedagogia, o Santo Padre fala de pensamentos, palavras e gestos que criam uma mentalidade e uma cultura de paz. Mas, de que forma colocar essa cultura de paz em prática? Quais os caminhos para ser um “obreiro da paz”?A coordenadora da Pastoral Nacional da População de Rua, Irmã Maria Cristina Bove afirma que, diante da ausência de paz nas cidades, regidas muitas vezes pela violência, pela discriminação, pela intolerância, é necessário humanizar as situações de vida, promover muitos gestos de paz e acreditar que ela é possível.
“Precisamos colocar no lugar dessa violência gestos que tragam a paz, não só resolvam a situação imediata da população, mas que as ajudem a terem alimentação adequada, habitação, saúde e direito a todos os espaços que tem qualquer cidadão.”
Na mensagem, o Papa Bento XVI sugere que se ensine aos homens a virtude do amor recíproco. Segundo Irmã Cristina, esse é um processo que exige mudanças sociais, que passa pelo perdão e por um olhar voltado para os que mais sofrem.
“Temos que mudar essas estruturas injustas e olhar a partir de uma ótica diferenciada que defenda os direitos de cada pessoa. A partir da população de rua, vemos que a sociedade precisa voltar seu olhar para esse povo. Temos que compreender esse mundo em que eles estão e a sociedade desenvolver gestos que possam ajudar as pessoas a viverem com seus direitos garantidos.”
Perdão: a didática para a pedagogia da paz
A conclusão da Mensagem do Papa para o Dia Mundial da Paz é permeada por aspectos que envolvem a pedagogia do obreiro da paz. Entre eles estão a benevolência, a reconciliação, o serviço, a compaixão, a coragem e a perseverança. Bento XVI explica que é indispensável difundir a pedagogia do perdão para que tais aspectos se concretizem.
De acordo com Irmã Cristina, quem perdoa experimenta a paz em sua totalidade. “O perdão faz parte da nossa história, temos que construir e viver nessa construção do amor, do perdão, da solidariedade, superar situações que nos incomodam, nos ferem e saber criar um diálogo que possa superar as situações de discriminação.”
Para a religiosa, é fundamental viver um constante processo de reencontro com o outro, perdoando, reencontrando-se nas relações e nos gestos. “É isso que fará com que reconheçamos que o mais importante é o amor e o perdão.”
Exercício prático para a pedagogia da paz
Na tentativa de tornar a pedagogia da paz uma obra concreta, Irmã Cristina propõe alguns caminhos, como gestos de aproximação, compaixão, solidariedade, coragem e perseverança.
“É preciso ter coragem para se aproximar do outro, conhecê-lo, ver a sua dignidade como pessoa humana, enfrentar as diferenças e acolher as pessoas. É necessário dar atenção aos mais sofridos, aos pobres de rua, afinal, são pessoas que romperam seus vínculos, têm muitos sofrimentos e enfrentam muitos conflitos.” 
Aos que desejam exercer o papel de instrumentos e obreiros da paz, Irmã Cristina, aconselha: “Comece a olhar aquele que está ao seu lado, os mais pobres, os mais fragilizados, que sentem mais a dor e o sofrimento e assim comecemos a olhar as pessoas de outra forma. Que se comece a cuidar mais dos outros, a fazer gestos que rompam com as lógicas das injustiças e violência. Devemos assumir esse processo de lutar sempre pela paz.”

Fonte: http://noticias.cancaonova.com

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