Dom Dimas, arcebispo de Campo Grande (MS) e presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Comunicação da CNBB, conta que foram necessários anos de reflexão para que o Diretório de Comunicação para a Igreja no Brasil ficasse pronto.
Cada vez mais, bispos, padres e comunicadores católicos estão evangelizando por meio das mídias; daí, a necessidade de se ter um diretório para orientar uma linguagem comum. Dom Dimas observa que tem crescido a consciência da CNBB e da Igreja no Brasil acerca da importância dos meios de comunicação.
Para o bispo, a linguagem é o maior desafio para a Igreja comunicar com eficácia sua mensagem. Ele afirma que é preciso traduzir o conteúdo da fé numa linguagem própria para a cultura atual.
“Eu sempre digo que, da mesma maneira que nós reclamamos quando o médico começa a falar o ‘mediques’ dele e a gente não entende – afinal de contas, onde ele quer chegar? –, pode acontecer que o padre use uma linguagem teológica tão rebuscada, que aqueles que não são iniciados não vão entendê-la”.
Qualquer pessoa que queira poderá ter acesso ao conteúdo do diretório, que contou com a colaboração de pesquisadores, profissionais e agentes da Pastoral da Comunicação.
Para Dom Dimas, hoje, a Igreja faz um bom trabalho de evangelização pela rádio, tem crescido nos trabalhos pela TV, mas destaca que, pelas mídias sociais, a evangelização precisa avançar.
“Nas mídias sociais, ainda estamos engatinhando. Com exceção da Canção Nova, que é pioneira na evangelização pela internet, as outras produtoras católicas, inclusive dioceses e congregações, estão apenas com algumas experiências muito localizadas, na maioria das vezes retransmitindo conteúdo que recebem de outras, mas não produzindo conteúdos próprios para essa nova potencialidade que nós temos nas mãos”.
O diretório será apresentado no 4º Encontro Nacional da Pastoral da Comunicação e 2º Seminário Nacional de Jovens Comunicadores, que serão realizados, de 24 a 27 de julho, em Aparecida (SP).
Dom Dimas lembra que o desafio de bem comunicar é para toda a sociedade. Ele cita a situação de pais que, por não entenderem a linguagem das novas mídias, podem não identificar os riscos a que os filhos estão submetidos, por exemplo, nas redes sociais.
O presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Comunicação da CNBB afirma que o diretório provoca os agentes de pastoral, bispos, padres e todos os discípulos missionários para que não se esqueçam de utilizar as maravilhas que a inteligência humana, iluminada por Deus, coloca à disposição.
Fonte: http://www.cancaonova.com/
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