sábado, 21 de fevereiro de 2015

Como será a tua Quaresma? Confira os conselhos do Papa Francisco


VATICANO, 21 Fev. 15 / 07:23 am (ACI/EWTN Noticias).- O Papa Francisco falou na homilia da Missa na Casa Santa Marta desta sexta-feira sobre a missão à qual são chamados os cristãos, sobretudo, no tempo da Quaresma: amar ao próximo e afastar os egoísmos. Também fez um forte apelo a tratar bem os funcionários e velar por suas necessidades.


Comentou a primeira leitura do profeta Isaías em que o povo se lamenta porque não atende aos seus jejuns. Para o Senhor, “não é jejum, não comer carne” para depois “brigar e explorar os seus funcionários”, afirmou. Eis o motivo pelo qual Jesus condenou os fariseus, porque faziam “tantas observações exteriores, mas sem a verdade do coração”.

O Papa indicou que o jejum verdadeiro é o de libertar os oprimidos, vestir quem está nu e fazer justiça. Este “é o verdadeiro jejum o jejum que não é somente exterior, uma lei externa, mas deve vir do coração”.

“Nas tábuas da lei há o preceito em relação a Deus, em relação ao próximo e os dois estão juntos”, assegurou.

“Eu não posso dizer: ‘Mas, não, eu cumpro os primeiros três mandamentos... e os outros mais ou menos’. Não, se não cumpre estes, não pode cumprir aqueles, e se cumpre este, deve cumprir aquele. Estão unidos: o amor a Deus e o amor ao próximo são uma unidade e se quiser fazer penitência, real e não formal, deve fazê-la diante de Deus e também com o seu irmão, com o próximo”.

O Papa afirmou também que se pode ter muita fé, mas “se não realiza obras, é morta, para que serve?”.

E àquele que vai à Missa todos os domingos e comunga pode-se perguntar: “E como é a sua relação com seus funcionários? Os paga de maneira irregular? Dá a eles um salário justo? Paga também as taxas para a aposentaria? Para a assistência de saúde?”.

“Quantos homens e mulheres têm fé mas dividem as tábuas da lei: ‘Sim, eu faço isso... mas você dá esmolas? Sim, sim, sempre mando um cheque para aIgreja. Ah, então tá... Mas na tua Igreja, na tua casa, com quem depende de você (filhos, avós, funcionários), você é generoso, é justo?”, perguntou-se.

“Não se pode fazer ofertas à Igrejas e pelas costas, ser injusto com seus funcionários. Este é um pecado gravíssimo: usar Deus para cobrir a injustiça”.

Neste sentido, o Pontífice acrescentou isto que “é o que o profeta Isaías em nome do Senhor nos faz entender: não é um bom cristão o que não faz justiça com as pessoas que dependem dele”.

E tampouco é um bom cristão “o que não se desprende de algo necessário para ele e o dá a outros que tem necessidade”.

Precisamente, o caminho da Quaresma “é isso, é dupla: a Deus e ao próximo. É real, não simplesmente formal. Não é somente deixar de comer carne sexta-feira, fazer alguma coisinha e depois, deixar aumentar o egoísmo, a exploração do próximo, a ignorância dos pobres”.

Comentando que há pessoas que não têm cobertura de suas necessidades básicas como, por exemplo, uma boa relação com um hospital para serem atendidas rapidamente, o Pontífice continuou explicando o sentido deste tempo litúrgico. Advertiu que há pessoas em Roma que vivem assim e que a Quaresma serve “para pensar neles: O que posso fazer pelas crianças, pelos idosos que não têm possibilidade de ter uma consulta com um médico?”.

“Como será a tua Quaresma?”, perguntou aos fiéis que acompanhavam a Missa. “Graças a Deus tenho uma família que cumpre os mandamentos, não temos problemas...”. “Mas, nesta Quaresma, em seu coração existe ainda lugar para quem não cumpriu os mandamentos? Que cometeram erros e estão encarcerados?”.

“Mas eu, com aquela gente não... Mas você não está preso: se não está no cárcere é porque o Senhor te ajudou a não cair. Em seu coração os presos têm um lugar? Você reza por eles, para que o Senhor lhes ajude a mudar devida?”.

Finalmente o Papa Francisco pediu ao Senhor que “o nosso caminho quaresma, para que a observância exterior corresponda a uma profunda renovação espiritual. Assim rezamos; que o Senhor nos dê esta graça”.

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