terça-feira, 6 de dezembro de 2011

A História da Nossa Capela


Manoel Alves Fundador da nossa capela
Capela Local

TEXTO
“MANOEL ALVES” O FUNDADOR DA NOSSA CAPELA

A capela Nossa Senhora das Dores está localizada na comunidade do Fernando da Pista, município de Passa e Fica, Rio Grande do Norte ficando a distância de 08 quilômetros desta mesma cidade.Falar na construção desta capela sem falar da figura do saudoso Manoel Firmino Alves seria para nós cometermos um grande equívoco. Este homem brilhante e de bom coração chegou nesta comunidade nos anos de 1966, quando ela era denominada “Fernando dos Avelinos”. Antes desse grande homem temente a Deus chegar nesta comunidade ele morava no distrito de (Lagoa do Rancho), que pertencia à cidade Nova Cruz, hoje pertencendo ao município de Passa e Fica.Este homem nasceu no dia 20 de setembro de 1909, era filho de agricultores; Firmino Alves dos Santos e Avelina Maria Jesus teve dois casamentos, o primeiro com Francisca Bezerra Alves e o segundo com Antônia Joana Alves. Nesses dois entrelaçamentos conjugais, teve o número de 34 filhos. Agricultor e homem de muita fé veio para esta comunidade no ano de 1966 com anteriormente foi dito e onde iniciou sua vida religiosa. Na sua própria residência aconteciam as novenas e as festividades religiosas como também era o local onde se comemoravam “os tempos fortes” da igreja: A semana Santa, o mês Mariano e as festividades do São João. Com o aumento dos fiéis a sua casa, esta ficava lotada e logo, Manoel percebeu que precisava de um espaço maior para comportar os devotos. Aí é que veio a idéia de se construir uma igreja. E começou a construir junto com a população local a capela onde (ele próprio cavava o alicerce), isso por volta dos anos de 1966.Para alegria dos devotos desta comunidade a igreja foi construída, mas até chegar aos últimos tijolos, aos últimos retoques dessa construção várias foram as dificuldades, pois foi a própria comunidade pela iniciativa de Manoel Alves como era bem mais conhecido quem a construiu. Então, os fiéis iam deixando suas ofertas, doando o que podiam para essa obra, e só uma obra de Deus, podia chegar ao fim como uma grandiosidade em benefício à comunidade. As dificuldades foram muitas e se este líder religioso, segundo os relatos das pessoas mais velhas, não tomasse iniciativa com a sua grande generosidade, a obra não sairia do papel. Pois naquela época a comunidade não tinha muitas condições financeiras, pois a única fonte de renda era a agricultura, que na época passava por momentos difíceis. Quando a obra estava pronta ele levou o oratório, herança de seu pai, o qual tinha algumas imagens como as de São João e Nossa Senhora das Dores, as quais ele mais venerava e tinha mais devoção. Levou-as para capela onde até hoje se encontra escolhendo Nossa senhora das Dores como padroeira, entretanto, vários foram os motivos dessa escolha dessa santa como padroeira da nossa capela. O primeiro era porque seu pai era muito devoto de Nossa Senhora das Dores e todos os anos, ele participava da romaria que se fazia daqui à cidade do Juazeiro do Norte – CE, mas Manoel não via com “bons olhos” essa locomoção de seu pai e dos fiéis que saiam daqui e iam fazer seus pedidos e promessas a Nossa Senhora das Dores, pois ele alegava que esta mesma imagem, que tinha no Juazeiro tinha aqui, era a mesma intercessora de todo nós, ao invés das pessoas irem ao Juazeiro podiam fazer as mesmas penitências e promessas aqui. Esse era o intuito e o pensamento que ele tinha, segundo os depoimentos das pessoas mais antigas e amigas dele, para que com isso as pessoas participassem mais da vida religiosa de sua própria comunidade. O segundo motivo foi à morte de seu pai que ocorreu nas proximidades da cidade de Tangará, quando vinha da romaria do Juazeiro, onde houve um trágico acidente com o seu carro, o qual veio depois a falecer. Por tanto, esses foram os motivos, os quais influenciaram na escolha de Nossa Senhora das Dores como padroeira da nossa comunidade. Depois daí esse homem de espírito bondoso, continuou sua trajetória de vida religiosa a frente da igreja e como os mais antigos dizem: “a frente da própria comunidade”, ou seja, além de ser um líder religioso era também um líder comunitário, sempre ajudando as pessoas mais necessitada deste distrito, as quais iam à sua residência pedir sua ajuda, tanto na forma de dinheiro quanto na forma de alimentos e ele nunca faltava com essas pessoas. Além disso, ele com um coração bom e humilde ilimitada doava terras para o povo morar e trabalhar. Continuando até os seus últimos momentos de sua vida fiel aos mandamentos de Deus e a igreja e durante os anos de sua vida cuidou-a como se fosse sua casa; zelando com muito amor e carinho renovando sua fé e sua luta a cada dia com ajuda de sua família e da comunidade. Tendo uma vida brilhante de total dedicação a Deus e a Nossa Senhora das Dores. Na década de 90 teve que passar por momentos delicados, difíceis na sua vida foi abalado por uma grande enfermidade, a trombose, onde deixou por alguns anos, muito debilitado, a qual não conseguiu resistir e faleceu no dia 06 de abril de 1994 às quatro horas e trinta minutos. Morreu com 85 anos de idade deixando para as gerações futuras um legado riquíssimo; pois foi um exemplo de vida, que deve ser seguidos por todos nós da comunidade. Pois demonstrou na sua caminhada de vida fé e plantou e semeou amor e solidariedade, doando sua vida a Deus e a humanidade”. E hoje a capela todos os anos celebra as festividades da padroeira Nossa Senhora das Dores de 06 a 15 de setembro. Onde a cada dia espelhamos na sua pessoa, nos seus gestos de humildade e compaixão com os mais necessitados de nossa comunidade.
Fonte: Capela local



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Nossa Padroeira

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Interior da Nossa Capela

Interior da Nossa Capela