Fazer uma boa provocação
para que a sociedade brasileira discuta o tema saúde pública. Este é um dos
objetivos do Grupo de Trabalho (GT) sobre este tema, que se reúne na manhã
desta terça-feira, 28/02, na sede da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil
(CNBB), em Brasília. Os participantes do grupo representam diversas entidades,
como organizações sociais da área de saúde, organizações não-governamentais,
movimentos e pastorais.
O GT surgiu de um debate
promovido no último dia 17 que tinha como preocupação encontrar caminhos para
potencializar a reflexão sobre a saúde pública, proposta pela Campanha da Fraternidade
deste ano. A tarefa do grupo é monitorar os desdobramentos da reflexão, a
partir das atividades propostas.
Entre estas ações está a
realização de dois seminários para discutir o tema: o primeiro em maio, de
âmbito nacional, e o segundo próximo das eleições, em âmbito local. Também
deverá ser elaborada uma carta aberta em defesa do Sistema Único de Saúde e
promovido um debate junto ao governo federal.
“A questão deve ser
prioridade para o país e também nos municípios”, lembra o padre Ari Antonio dos
Reis, assessor da Comissão Episcopal Pastoral para o Serviço da Caridade,
Justiça e Paz da CNBB. Como integrante do grupo, ele lembra que o calendário
eleitoral pode ser providencial para a discussão. “A discussão do tema saúde
pode ajudar na reflexão, e exigir dos candidatos atitudes concretas em
benefício da saúde pública em âmbito local”.
Também participa do GT uma
representante da articulação estudantil. Para Bianca Borges, os estudantes
brasileiros devem colaborar neste debate político da saúde, não apenas
constatando que o serviço público é ruim. “Queremos mostrar que a saúde é um
direito social conquistado num país democrático, e não é favor de um governo”.
Ela recorda ainda que este engajamento é importante para a própria qualificação
profissional dos estudantes, inclusive na implementação de uma formação
interdisciplinar.
Integram também este GT
sobre saúde pública o coordenador da Pastoral da Saúde, Sebastião Venâncio, a
presidente do Centro Brasileiro de Estudos em Saúde, Ana Maria Costa, e o assessor
da Comissão Brasileira de Justiça e Paz, Guilherme Delgado.
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