São muitos os efeitos causados pelo consumo da bebida alcoólica no
organismo a longo prazo, principalmente quando este é exagerado.
Para muitos, não há nada melhor do que beber um copo de cerveja bem
gelada nos dias quentes ou se sentar num barzinho com os amigos e saborear
alguns petiscos com um copinho do lado. No entanto, este hábito rotineiro pode
se tornar um vício, ou melhor, um grande vilão para a saúde.
A médica
gastroenterologista Márcia Mayumi Fujisawa explica que a
bebida alcoólica, ao ser ingerida, produz efeitos diferentes de organismo para
organismo dependendo da quantidade.
“A bebida é
absorvida em pequena quantidade e de forma lenta pelo estômago, mas de um modo
mais rápido pelo intestino, chegando então ao fígado. No estômago, ela pode
provocar gastrite aguda”, pontuou Fujisawa.
Segundo a médica, no momento em que a bebida alcoólica atinge o fígado
ocorre um processo de metabolização dessa substância pelo organismo, ou seja,
depois que ela entra na corrente sanguínea uma série de efeitos começam a
surgir. Por exemplo, o rosto fica com uma coloração mais avermelhada, pode
haver a aceleração do coração (taquicardia), a pressão sanguínea pode cair um
pouco, pode haver uma lentidão dos movimentos e uma sensação de bem-estar e
euforia que, dependendo da quantidade ingerida, pode levar a uma fala mais
arrastada, dificuldade de caminhar em linha reta e sonolência.
Toda ação produz uma reação e com o álcool o processo é o mesmo, e os
efeitos variam de pessoa para pessoa de acordo com a quantidade dessa
substância presente na corrente sanguínea.
Pesquisas revelam que, a partir de duas latinhas de cerveja, o cérebro
já começa a sentir os primeiros sintomas da presença do álcool no organismo.
Desta forma, alguém que ingere muitos miligramas de álcool por dia vai
apresentar, passadas 6 horas após a ingestão da bebida, sensações
desagradáveis, como dor de cabeça, náuseas e vômito, conhecidas popularmente
como ressacas.
De acordo com a especialista em gastroenterologia, esse mal-estar
acontece porque o corpo passa por uma série de reações químicas por conta da
ingestão do álcool, substância tóxica para o organismo, sendo necessário
intercalar muito líquido com a ingestão alcoólica para que não ocorra uma
desidratação.
“O
fato de ingerir muito líquido diminui a desidratação, uma vez que o álcool é
diurético, e ainda pode causar vômito e diarreia”, ressaltou a médica.
É importante saber que quanto mais elevado for o nível de álcool no
organismo tanto maiores serão as chances de a pessoa entrar em coma alcoólico.
As funções do cérebro, durante o coma alcoólico, são alteradas, a
respiração e a consciência ficam mais lentas e o nível de glicose no corpo
reduz. Em alguns casos o paciente com esse quadro clínico precisa ser
hospitalizado e receber o apoio do setor de cuidados intensivos.
A ingestão de bebida alcoólica também produz efeitos degenerativos no
organismo. Um dos órgãos mais afetados é o fígado, já que é o órgão
responsável por retirar o álcool do organismo uma vez que este é ingerido.
Além do fígado, outros órgãos também sofrem as consequências dessa
prática, como o estômago por receber grandes quantidades da substância
(primeiro órgão a neutralizar essa agressão) e o cérebro que recebe todos os
estímulos produzidos por essa substância.
Nenhum comentário:
Postar um comentário