segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

Formação: Ajudando o filho a lidar com a ansiedade

Quando se fala em ansiedade em adultos, as pessoas acham normal, pois entendem que eles sofrem pressões de trabalho, financeiras ou em várias situações do dia a dia. Porém, podemos observar esta ansiedade como um problema também nas crianças, por características pessoais e como consequências de perdas, traumas ou percepção diante de uma situação conflituosa.
O estresse é importante na vida das pessoas, pois é uma característica de sobrevivência humana; ele é como um elástico. Mas ele se torna ruim quando arrebentamos o “elástico emocional” por puxá-lo demais.
As crianças também vivem isso de uma maneira saudável. Como é bom esperar pelo Natal! Quantas vezes as crianças perguntam, no início ou no meio do ano, se ele está chegando. Durante uma viagem, a pergunta “já está chegando?” chega a atordoar os pais. Esse tipo de ansiedade não precisa preocupar os pais.
Entretanto, eles precisam estar atentos aos sintomas quando percebem que essa ansiedade não é normal, porque precisam agir preventivamente ou o mais cedo possível. Como dica, é importante verificar mudanças de padrão no comportamento da criança, tais como choro, recusa em ficar sozinha ou com alguém estranho, preocupação excessiva com algo, medos exagerados, mudanças de hábitos alimentares ou de voltar a fazer xixi na cama ou na calça. Nesses casos, é necessária a intervenção dos pais ou, dependendo do caso, de um profissional.
O objetivo da intervenção é detectar as causas, entender a forma de pensar diante da situação vivida, oferecer ajuda e mostrar que podem contar sempre com o apoio familiar.
Existem causas reais de ansiedade, tais como separação dos pais, morte de entes queridos, troca de escola ou de cidade que impactam e interferem no desenvolvimento da criança. Muitas vezes, com o intuito de preservar as crianças, não as deixam viver o luto da perda adequadamente. Mais tarde, aparecem sintomas de ansiedade.
A postura dos pais é altamente impactante, comprometedora tanto na solução quanto no agravamento do problema. Nessa hora, o diálogo é fundamental; como também nas situações de mudanças que impactam diretamente os relacionamentos. No caso de separação, deixar claro que nem tudo será como antes, mas que isso não significa que perderam a condição de filhos para aquele que sai de casa. No caso de mudança de escola, visitar e escolher juntos a nova escola ajuda, e se for preciso, ficar na escola durante o período de adaptação e acompanhar junto a professora.
Ou seja, toda mudança precisa ser conversada e, sempre que possível, antes, durante e depois de uma ocorrência. Um exemplo é a mudança de uma cidade para outra. É importante que se comece a mostrar fotos da nova casa, pesquisar junto o que tem legal para fazer, torna a mudança menos ameaçadora e prazerosa. Depois da mudança, observar as reações diante dos novos amigos, evolução do desenvolvimento ou outras reações. Se os pais ficarem atentos, poderão fazer correções de rumo, que minimizarão os impactos e, consequentemente, a ansiedade.
É preciso ensinar aos filhos que preocupação excessiva é ocupar-se antecipadamente com problemas que poderão não acontecer; porém, isso é diferente de ensinar sobre prudência.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Nossa Padroeira

Nossa Padroeira

Interior da Nossa Capela

Interior da Nossa Capela