segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

Natal: amor une pessoas em prol de quem sofre nos hospitais


O Natal por si só tem uma força que impulsiona as pessoas para o amor ao próximo e provoca, muitas vezes, gestos concretos de solidariedade.
Foi o que aconteceu no litoral paulista, especificamente na cidade de Ilha Bela, onde a solidariedade uniu amigos, conhecidos e desconhecidos, em prol de quem sofre nos leitos do Hospital Mário Covas.
Há mais de nove anos, um grupo de cerca de 20 amigos decidiu colocar em segundo plano a organização da ceia e até a companhia da família para estar com os doentes na véspera do Natal.
A ideia surgiu numa conversa de amigos, como conta uma das participantes, Beatriz Bello. “Nós começamos pedindo latinha para colocar bolachas e levar no hospital na noite de Natal. Existem pessoas que vão pra lá, são medicadas, tem alta e vão embora. Mas tem aquelas que não podem ir e acabam passando o Natal sozinhas. Além dos próprios funcionários que trabalham e que também estão longe da família. Então resolvemos levar um pouco de alegria a eles”.
Beatriz conta que durante as visitas, uma pessoa se veste de Papai Noel e junto com o outros vão ao hospital para entregar as bolachas, empacotadas dentro das latinhas recolhidas dias antes da visita. O recipiente é produzido com a ajuda das crianças do grupo.
Mas há cerca de quatro anos, além de ir ao hospital, o grupo também realiza outro gesto que torna o Natal ainda mais concreto. Eles vão à procura de alguém que está com algum tipo de dificuldade e tentam ajudar.
“Por exemplo: no primeiro ano, antes de ir para o hospital, nós juntamos panetones, brinquedos e etc, e fomos à casa de uma moça que trabalha no SAMU, muito bacana, dedicada e que tem um monte de filhos. Papai Noel foi até lá com seus ajudantes. No ano seguinte, visitamos uma família que tem uma filha com deficiência física. Fizemos a visita e a menina ficou cheia de alegria; foi muito bom”, conta Beatriz.


A força da alegria
Em meio aos relatos das visitas, um chamou a atenção por apresentar um começo triste, mas uma história de vitória, logo depois.
“No ano passado nós visitamos uma moça terminal de câncer. Era só ela e o filho. Desempregada… Aquela situação que quando chega o Natal dá nó no coração da gente”, relatou Beatriz. Segundo ela, a jovem não esperava celebrar o Natal com o filho, pois a doença já estava avançada e era muito grave.
O Papai Noel visitou a família, entregou brinquedos ao menino, um vestido para a moça, além de uma caixa com outras doações.
“Meses depois – conta Beatriz – fui levar a foto dela com o Papai Noel  que tinha prometido. Quando cheguei, ela me contou que estava curada do câncer. Encheu-se de tanta felicidade e alegria com a visita que acho que a ajudou no tratamento”, testemunhou.
Beatriz acredita que as pessoas adoecem mais facilmente porque ficam tristes. “Mas quando você devolve a alegria a elas, mostra um motivo de alegria, elas voltam a viver. Quando a pessoa sorri, recebe carinho, os remédios fazem efeito mais rápido e ela se cura”, constatou.
Palhaços “atordoados”
O grupo de amigos da Beatriz despertou também a generosidade do grupo de palhaços “Atordoados” que se juntou a eles nas visitas ao hospital Mário Covas em Ilha Bela (SP) na noite de Natal.
Os “Atordoados” já realizam trabalho voluntário no mesmo hospital há dois anos. Simone Fortes, enfermeira e uma das voluntárias, conta que o grupo de dez pessoas resolveu aproveitar a oportunidade e ajudar o Papai Noel a fazer o bem.


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